Que Brasil é este em que estamos vivendo?
As vezes certas perguntas me vêm à mente: existe de fato amigo político? O que poderá acontecer com um Estado se ficar menor do que uma agremiação política? Os benefícios dados por um Estado podem amolecer um ser humano forte e aguerrido?
Então, procurando respostas, ative-me inicialmente aos conceitos de amizade e democracia. No que tange a amizade fixei no conceito de que é o relacionamento que as pessoas têm de afeto e carinho por outra, que possuem um sentimento de lealdade e proteção; e democracia ao poder que é exercido pelo povo através do voto, ou seja, é o regime político em que a soberania é exercida pelo povo.
Fundamentado nesses conceitos entendo que o sentimento de lealdade fica sempre estremecido quando os interesses de duas ou mais pessoas não se tornam próximos e/ou não alinhados mesmo que momentaneamente, por isso, creio que não existe amigos políticos, mas instantes de amizades na política.
Já, passando para a segunda questão, vejo que quando as lideranças de uma agremiação política sobrepõe a dimensão de um Estado, uma dessas duas estratégias pode ser utilizada: os agentes dessa agremiação se infiltram em todas as estruturas desse Estado para atuar persuasivamente banindo das mentes das pessoas todas as ideias conservadoras, toda a história, todos os símbolos tradicionais e toda a cultura tradicional; a outra estratégia, de uma forma mais afoita, aventureira e irresponsável impondo os seus quereres na “bala”, no grito, na destruição das estruturas, no genocídio e quiçá com muito sangue.
Agora, quanto à terceira e última das minhas questões, acredito que se as pessoas não precisarem ir à luta para conquistar os recursos de que necessitam para as suas vidas – aguardam o pescado e se distanciam de realizar a pesca - acabam caindo em uma das maiores armadilhas que podem existir na vida delas, que é a zona de conforto e perdem a oportunidade de evoluir e conquistar aquilo que almejam para as suas felicidades, portanto, um Estado que distribui facilmente benefícios à qualquer pessoa pode amolecer até um ser humano forte e aguerrido e a sociedade, como um todo, é que recebe a fatura.
E aí, alguma diferença com que estamos vivendo na terra Brasil?!
Eng. João Ulysses Laudissi
Especialista em Gestão da Qualidade. Vivência nas áreas de Educação Técnica Profissionalizante, Docência, Coordenação Técnica, Assessoria de Diretorias de Indústria, Diretoria de Faculdade, Escolas Técnicas e Profissionalizantes e de Instituto de Tecnologia. Conselheiro da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Sumaré/SP.